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Miguelangelo Martins

C

onheci o Movimento dos Focolares através de minha atual esposa, Iolanda Ribeiro Lima, no ano de 1976, quando iniciávamos um relacionamento. À época, ela já fazia parte, como Gen, do setor juvenil do Movimento dos Focolares. Como o nosso relacionamento me aproximava daquela comunidade, no mesmo ano fui por ela convidado para participar de algumas reuniões da ala masculina, o que me levou, consequentemente, a inserir-me nas atividades de rotina do grupo, como celebrações eucarísticas, reuniões da “Palavra de Vida” e demais eventos tradicionais comemorativos.

Em 1977, conheci o Conjunto GEN SINCO assistindo a uma de suas apresentações, em Macapá, com o show Montaria. De vez que vocalista de uma banda musical local, que tocava em eventos de finais de semana, confesso que fiquei impressionado com o que vi e ouvi. Gostei bastante do espetáculo por sua organização, roteiro, qualidade dos músicos, performance dos atores, vocalistas e, principalmente, pela mensagem e relação fraterna entre os participantes do Grupo. Percebi que ali havia algo diferente. Algo que, depois, viria a tocar-me espiritualmente.

Em 1978, por ocasião do retorno do  Grupo a Macapá, para a encenação do show Tupambaé, um imprevisto aconteceu com o vocalista Edison Farias, uma vez que, acometido de um problema na garganta, ficou impossibilitado de se apresentar. Talvez por já ser um simpatizante e conviver com os membros do Movimento, em Macapá, fui convidado para substituí-lo. Inicialmente, fiquei surpreso; mas, pela experiência como vocalista de banda – era o que eu fazia rotineiramente –, achei que seria simples assumir a função e dar o recado. Mas não foi bem assim!

Hoje, relembrando aquela experiência, chega a ser até engraçado. É que, como vocalista de banda que tocava em eventos de clubes, eu possuía, na gesticulação, as características desses tipos de vocalistas. Precisei passar por um “treinamento intensivo” para adaptar a gesticulação ao propósito do show, que era passar uma mensagem bastante diferenciada do que eu costumava fazer nos finais de semana, em clubes; principalmente porque a maioria do público era de famílias que faziam parte do Movimento e novos simpatizantes.

Mas tudo se tornou simples pelo fato dos novos colegas me receberem com carinho e prestarem todas as informações necessárias para que eu me inserisse naquele propósito. Lembro bem que a palavra-chave era “unidade”; assim, poderíamos ser despojados de vaidades – realidade que eu já havia percebido entre aqueles jovens desde o primeiro instante, quando assisti ao show anterior.

A partir do ano de 1979,  já em Belém, como estudante e inserido no Movimento, continuei participando do Grupo GEN SINCO, usufruindo de várias experiências, particularmente aquelas propiciadas pelos shows Tupambaé, Sal da Terra e Rei Negado – apresentados em Belém, em cidades do interior do Pará e em algumas outras dos estados vizinhos do Maranhão e do Piauí.

 

Foi uma experiência inesquecível e transformadora.

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