Deixei a poesia.
Eu quero mais
Eu quero
O verso por excelência
A palavra aberta no ar.
O Verbo escancarado
E em desespero
Pronto para a redenção
Do homem e de todas as coisas.
Não quero
A poesia perfeita.
Eu quero a imperfeição
Do homem exposto na cruz,
Dilacerado
E que eu possa cantar-lhe
O maior dos poemas,
Indelével, escrito em nossas almas:
Por que me abandonaste?
EMANUEL MATOS
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